sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A política brasileira cansa mais do que maratona

As pessoas estão se cansando dos políticos.

Não de um especificamete ou de um partido, mas de todos. Também pudera, só masoquista ainda acompanha o que se passa em Brasília sem passar raiva ou enjoo.

Mas não sejamos preconceituosos! Brasília é somente o epicentro deste terremoto de descaso e desvio da tal "coisa pública". Na verdade, essa coisa é particular demais, restrita a um grupo que usa e abusa dos recursos do país. Se fosse menos "coisa" e mais "pública", não teríamos tantos problemas.

É uma verdadeira chuva de termos, prevaricação, malversação, descaminho, formação de quadrilha, propinas e o meu termo preferido: peculato.

Convenhamos, mesmo sem saber o significado desta estranhíssima palavra, basta pensar na figura de um deputado, um senador ou qualquer membro do executivo nas três esferas que o termo "peculato" fica bem posto ali, sobre as cabeças das "excelências".

É uma palavra de fealdade digna da política brasileira.

Não digo que todos sejam ladrões, afinal nem eles teriam como chegar a esta perfeição. Mas a razão desta apatia e desinteresse geral em relação aos políticos, erroneamente creditada à preguiça de se informar, é mais relativa ao cenário político do país atualmente ser, como dizia o deputado federal pernambucano Agamenon Magalhães, uma "floresta de pau seco" do que a qualquer outro fator mais complexo.

Mas cansa. A política praticada no Brasil, com seus partidos de aluguel, seu clientelismo, o cinismo dos que fingem se preocupar com o país quando se preocupam no máximo com seus bolsos é um teste diário para a paciência, para o estômago e para qualquer um que não queira perder totalmente a esperança de um dia ser menos roubado pelos que se apoleiram no poder.

Temos uma classe política indigna, não somente porque lhes falte moral, mas porque a maioria ali não tem nem o mínimo estofo intelectual. A única coisa que todos tem de sobra é esperteza, no pior sentido que este termo pode ter.

Mas as qualidades individuais são as piores possíveis, afinal, vejamos: temos os preguiçosos, os inaptos, os medíocres, os provincianos e dentre todos estes grupos temos os ladrões e os honestos.

Parece-me muito pouco para suscitar qualquer esperança ou respeito em relação à classe a que pertencem.

1 comentários:

Solange disse...

Talvez...veja bem,"TALVEZ",se todos os políticos fossem obrigados a usar a rede pública de ensino e de saúde,para si e sua família,as coisas começariam andar de forma um pouco menos injusta.A cara de pau que eles tem de sempre chorarem uns mil a mais porque gastam com isso e aquilo enquanto o povo tem que se virar com míseros reais.Mas...o povo é muito permissivos,e esquece rápido.Ano que vem recolocam os mesmos gatunos no poder,pra assistir a mesma peça teatral.

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