Ando pensando aonde o mundo vai chegar daqui a alguns anos. Gerações inteiras lutaram contra as divisões que existiam entre as pessoas, sejam elas por sexo, cor da pele, religião, opção sexual, posição social.
Antigamente moças de família não se misturavam com malandros de morro, brancos só ouviam musica de branco, pretos não entravam em certos lugares, gays eram atirados nos chafarizes e viviam escondidos, católicos não se misturavam com judeus, meninos e meninas estudavam separados. Tudo era considerado muito normal, até que a sociedade cansada destas amarras começou a destruí-las uma a uma.
O tempo passou e um casamento interracial já não assustava, meninos e meninas estudavam juntos sem problemas, ricos e pobres relacionavam-se sem que isso fosse considerado uma aberração (OK, aqui nem tanto), gays podiam até assumir sua condição perante todos com certa tranquilidade. As barreiras caíram e a sociedade, noves fora a hipocrisia perene, ficou mais misturada no sentido estrito da coisa.
Mas eis que neste início de século XXI o processo se inverte. Como tudo na vida, seja a arte ou os costumes, a moda ou as próprias cidades, um ciclo dá lugar a outro, que dá lugar a outro, que termina dando lugar ao primeiro e tudo se repete.
Vemos universidades selecionando alunos pela cor da sua pele, vagões de metrô e trem exclusivos para mulheres, redutos gays sinalizados com bandeiras coloridas, governantes e movimentos ditos sociais jogando pobres contra ricos.
Tudo baseado no coitadismo e na noção de que o estado precisa dar uma "forcinha" para aqueles que considera menos capazes, o que na grande parte das vezes não passa de impostura e populismo barato.
Ainda acredito na livre iniciativa, nas oportunidades iguais e no esforço individual como motores de uma sociedade democrática. Tutela do estado só acontece em ditaduras, escrachadas ou disfarçadas.
Não sei, acho que daqui a alguns anos estaremos novamente vendo passeatas pela integração na sociedade, mulheres queimando sutiãs ou então gays sendo atirados em chafarizes, não duvido de mais nada.
O ser humano perde tempo demais desfazendo e refazendo velhos erros.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Cotas? Divisões? Não, obrigado.
Marcadores:
Brasil,
brasileiros,
comportamento,
Cotas,
opinião,
sociedade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
Pra ser sincera, acho que as divisões, sejam elas em quaisquer níveis, nunca deixaram de existir. A verdade é que o ser humano não consegue enxergar o outro como sendo "iguais". Achamos sempre que somos melhores ou piores e só por este fato nos dividimos... Bacana o post pois faz com que reflitamos nas diferenças impostas pelo mundo e nas indiferenças selecionadas por nós mesmos!
Larissa,
Eu acho que esse sistema de cotas como forma reparação é uma furada.Primeiro porque exclui brancos pobres e depois porque gera ressentimento na sociedade e agrava ainda mais o racismo.
Medida de inclusão, como você mesma citou, é ensino público de qualidade, o problema é que custa caro e dá mais trabalho e nossos governantes gostam é de uma gambiarra.
Obrigado pela participação!
"Preto" é racismo, cite "Negro"
Cotas é péssimo, o pior mesmo são as pessoas que são favorecidas acharem que merecem... e a ideia de que somos todos inguais?
Assino embaixo.
Nathalia(Viver),
Eu só chamo de negro se me chamarem de claro. Enquanto eu for branco, será preto mesmo, que são apenas cores afinal e não me incomodam. ;)
Marcus
Ótimo post.Sistema de cotas como reparação? Não concordo.Isso não seria uma discriminação aos negros ricos? Ou eles são apenas invenção da carochinha?
Se tivermos que acertar contas, teremos que incluir cotas para o negro, indio, nordestino,para as filhas das prostitutas que vieram de portugal,para os japoneses plantadores arroz, para os italianos que ajudaram no sul e pra mim, que pego onibus lotado todos os dias, mesmo pagando impostos.
Melhoria no ensino público seria a solução, para todos.
As pessoas têm a tendência de separar... vamos aprender a juntar. O Brasil é assim.. nós juntamos e não segregamos! Abraço do SHD!
Cotas como reparação não faz sentido pra mim. São os brancos de hj que escravizam os negros de hj? Não. Então a justificativa não deve ser reparação pela escravidão.
O problema é pobreza e ensino básico ruim, que atinge brancos pobres e negros pobres.
As cotas são mais uma maneira de tutelar cidadãos e dar mais direitos a uns do que a outros.
Pra mim, isso também é discriminação.
Postar um comentário