terça-feira, 1 de setembro de 2009

La Mohammed poderia ser você

Lal Mohammed tentou votar para presidente no Afeganistão. Lal Mohammed foi pego pelos talibãs no caminho da seção eleitoral. Lal Mohammed foi espancado e teve seu nariz e orelhas cortadas, pelos "sagrados" guerreiros do Talibã.

Assim como Lal Mohhamed, vários manifestantes contrários ao resultado da eleição no Irã foram espancados. Não tiveram seus narizes cortados, mas foram estuprados e abusados em prisões fétidas. Tudo isso feito pelos "sagrados" guerreiros da Guarda Revolucionária iraniana.

O que existe em comum nestes dois casos, além da violência contra cidadãos que tentavam exercer seus direitos? Muitas coisas, mas duas que particularmente me chamam a atenção: em ambos os agressores acusaram os "estrangeiros e ocidentais" de conspirarem contra o islã. E em ambos esta tal conspiração contra o islã também atendia pelo nome de "democracia".

George W. Bush foi um presidente controverso. Aproveitou-se de um momento de união nacional devido aos ataques do 11 de setembro para perpetrar uma política bélica agressiva, a tal "ação preventiva".

Sua truculência e a de seus assessores e conselheiros acabou por criar uma onda de anti-americanismo e uma simpatia por regimes islâmicos que é totalmente descabida por parte de quem, na visão destes regimes islâmicos, representa todo o mal que possa existir no mundo, ou seja, nós ocidentais não-islâmicos.

George W. Bush falhou em transmitir esta idéia. Falhou em administrar seu país de forma que a sua economia não desmoronasse sobre ele, falhou em vários aspectos, mas foi bem sucedido naquela que foi a linha mestra do seu governo: a segurança.

Depois do 11 de setembro, nenhum, repito, nenhum, e sem pudor repito outra vez, nenhum terrorista islâmico explodiu sequer um traque nos EUA. Tentaram, mas tudo foi em vão. O país passou 7 anos sem sofrer nenhum outro atentado.

O resto do mundo claudicou no início e Espanha e Inglaterra tiveram o seu quinhão da "tolerância" islâmica. Passaram a adotar as medidas impopulares e "exageradas" da doutrina Bush.

Igualmente passaram a ser mais seguros.

Mas não é sobre o presidente Bush, que eu particularmente não tenho a menor vergonha de dizer que gosto, que eu quero falar, é sobre a tal "tolerância" que é ditada como obrigatória a todos nós.

Os países muçulmanos possuem com ocidentais, não-islâmicos e principalmente judeus e cristãos uma tolerância que somente vemos paralelo nos leões e zebras.

Sim, os senhores de turbante tem conosco a mesma tolerância que um leão tem com uma zebra no Serengeti. Se puderem nos traçam, sem pena. Caso não seja possível, nos observam ao longe, esperando uma oportunidade.

Todo país cristão ocidental possui mesquitas funcionando livremente. Entoam seus cantos e louvores a Maomé, aquele que disse que o islã deveria ser difundido na base da espada se necessário, com toda a liberdade que nos negam em seus países para louvar Cristo, Buda, Abraão ou qualquer outro.

Na Arábia Saudita, por exemplo, carregar uma Bíblia ou um crucifixo é crime passível de cadeia e punições severíssimas (conheço algumas ONGs e militantes brasileiros que devem adorar a idéia, mas não é sobre elas que quero falar também agora).

Convencionamos dizer que a "minoria atuante" islâmica é assim, que eles na verdade são um "povo de paz". Vou parar de usas aspas aqui mas coloquem-nas aonde convier, porque tudo que direi é relativo. Dizemos que eles são oprimidos, que apenas devolvem a violência que sofrem, que são incompreendidos, que são vítimas, enfim, tudo que faz parte do discurso vitimista para justificar violências que outras pessoas sofrem sem terem feito nada para merecer isto.

É a maldita "divida histórica", paga com suor e sangue de inocentes.

Não são minoria. Se são, contam com a simpatia ou pelo menos a cumplicidade da tal "maioria" e por isso representam, sim, um aspecto determinante desta cultura.

Explodem bombas, cortam narizes, fazem ataques terroristas, vivem em outros países quando imigram para eles em guetos como se ainda estivessem na sua terra e, pior, tentam impor sua cultura até onde são imigrantes.

Conheço um austríaco que teve problemas quando sua filha quis casar-se com um turco. Ele não via nada demais nisso, a família turca sim. Não queriam "misturar-se".

Funciona assim: os euros austríacos são bem vindos, os genes, não.

Essa tendência de tolerância excessiva ocidental vem da tal "culpa" histórica sabe-se lá pelo que. Pelo período colonial? Pelas cruzadas? Pelas guerras? Ora, o islã ocupou a Europa, matou muita gente e até hoje acusa o ocidente por tudo de mal que lhes aflige.

Condenaram o presidente Sarkozy por proibir o uso do véu nas escolas, mas esquecem-se que no início seria apenas a "permissão" do uso, dali a pouco todas as meninas muçulmanas seriam obrigadas a usa-lo caso contrário sofreriam punições na sua comunidade, e mais a frente até as não-muçulmanas acabariam sendo obrigadas a usa-lo, caso eles pudessem fazer isso.

Não se esqueçam: falamos aqui de uma religião e uma cultura que proibem a livre manifestação religiosa em seus países. Tudo o que eu disser sobre eles aqui não será exagero.

Não digo que deveríamos fazer igual. Devemos manter a liberdade de culto sempre, pois essa é a essência de nossa civilização (Quem vier falar de inquisição levará uma espada da idade média enfiada no nariz, falo de hoje, dos dias de hoje).

Não adianta nada, pois eles continuam sendo intolerantes, mas não nos iguala, o que já é muito bom.

Israel (contra quem tenho milhares de diferenças, diga-se de passagem, mas que é a única democracia real no Oriente Médio) é a prova que não adianta ser tolerante. Lá funcionam mesquitas, existem árabes que são cidadãos do país, mas eles continuam sendo acusados de "tirania", quando na Palestina ocupada, por exemplo, ainda se apedreja mulheres que não submetem-se aos ditames do Alcorão.

Não devemos modificar a essência de nossa cultura para fazer um "olho por olho", mas devemos ser mais incisivos na sua defesa e em não permitir que nos satanizem desta forma.

Os "bandidos" no Afeganistão são os talibãs e não os marines.

Essa tolerância excessiva é que cria espaço para que, por exemplo, um jornal europeu tenha jornalistas ameaçados de morte porque fez uma caricatura com a imagem de Maomé. Caricatura de Jesus pode, de Buda pode, de qualquer um pode, Maomé não pode porque é mais "sagrado'?

Não, não é. Apenas tem entre seus seguidores os religiosos mais fanáticos, violentos e fundamentalistas que existem.

Alguém pode argumentar que todas as religiões só servem ao mal, que se não existissem o mundo estaria bem melhor. Respeito essa opinião apesar de não concordar com ela.

Se fosse tão simples assim, acho que veríamos monges budistas perseguindo judeus com espadas ou padres catolicos trocando tiros com evangélicos, só para citar algumas das maiores religiões monoteístas e algumas sub-divisões.

Não vemos. Só existe terrorismo islâmico, só existe intolerância religiosa oficial em países islâmicos e somente estes países lutam tão ferozmente contra coisas como tecnologia, informação, liberdade, democracia.

Em nenhum outro país do mundo persegue-se tanto a liberdade das mulheres, da individualidade, da livre escolha quanto nos países muçulmanos. 689 livros como "O Caçador de Pipas" ou "Desonrada", que falam sobre a repressão, estupros e violências nos regimes e na sociedade islâmicas não me deixam mentir.

Vamos perder o pudor de falar que são sociedades piores neste aspecto sim, que precisam mudar de um jeito ou de outro, não devemos nos curvar ante a sua violência em nome de uma suposta tolerância que acabará nos soterrando.

Devemos ter noção que, no patamar atual, nossa sociedade ocidental capitalista, cheia de defeitos, diferenças, problemas e milhões de questões que devem ser melhoradas ainda é o que existe de melhor disponível.

Lembro sempre do que disse Churchill nestas horas, assim falou o velho premier inglês: "A Democracia é um mau regime; mas é o melhor que se conhece".

Isso é um fato e jamais devemos deixar esta idéia esvaecer de nossas mentes. É no campo das idéias que todo conflito é vencido primeiramente.

É cool ter ódio dos EUA e apoiar, digamos, a resistência árabe, mas pergunte a si mesmo por um instante: você preferiria viver sob um governo americano ou sírio?

Não sejamos mais zebras, pois isso é tudo o que os leões mais desejam.

1 comentários:

Silveira Lacerda - Niterói disse...

Fazer caricatura de Jesus só pode porque a igreja católica nunca teve nem aí pra Bíblia, aliás, o livro com a Palavra de Deus é o inimigo íntimo do Vaticano: "não leiam se não nosso palácio cai!". E depois, "como iremos sobreviver sem a fábrica dos famigerados santos?". Falar nisso, o papa polonês vai virar um desses santos. Alguém aí sabe o por quê? Minha filha de oito anos, sabe. Deixa pra lá, o Vaticano ta indo mesmo pro beleléu - mais suave do que INFERNO!!!!

Postar um comentário

 
Template by: Lawnys Templates